A ciência está apenas começando a examinar mais criteriosamente as muitas funções que os animais de estimação desempenham na saúde, no desenvolvimento e no bem-estar das crianças. Mas, de acordo com recente estudo divulgado pela Mars, dona de conhecidas marcas de alimentação animal, foi observada uma estatística surpreendente: é mais provável que as crianças nos Estados Unidos cresçam com um animal de estimação do que com o pai em casa.
Em sociedades ocidentais desenvolvidas, existe uma crença cultural – comprovada pelos estudos – de que ter animais de estimação faz bem às crianças, uma vez que contribuem com o desenvolvimento da responsabilidades e da empatia, além de promoverem o senso de preocupação, com o pet e com o mundo. Famílias com filhos menores de 18 anos representam quase 40% de todos os donos de animais de estimação nos Estados Unidos, e os animais têm uma presença preponderante em brinquedos, livros, jogos, filmes e programas de televisão para crianças.
Os estudos também mostram que animais podem atuar como ‘amortecedores de estresse’ e podem, por exemplo, aliviar a tensão associada a experiências que provocam ansiedade, reduzir a percepção da dor física e emocional.
Um aspecto do desenvolvimento sócio-emocional que vem recebendo bastante atenção, envolve os laços que as crianças formam com os animais de estimação e o suporte social resultante que esses relacionamentos podem proporcionar. Quando perguntados, tanto as crianças quanto os pais descrevem os animais de estimação como ‘membros da família’ e as crianças se referem a eles, com frequência, como seus ‘melhores amigos’.
O estudo descobriu que 75% das crianças participantes, entre 10 e 14 anos, buscam contato com seus animais de estimação quando estão chateadas. Outro estudo conduzido no Reino Unido descobriu que as crianças, com frequência, classificam seus animais de estimação em posições superiores à de certos relacionamentos humanos em suas redes sociais e que cães e gatos são vistos como confidentes, bem como provedores de consolo e suporte.
Relacionamentos próximos com cães e gatos também vêm sendo associados ao desenvolvimento de empatia, ou seja, à capacidade de identificar-se com os sentimentos de outra pessoa e ‘colocar-se no lugar dela’ e de comportamentos mais positivos entre as crianças, isto é, agir com a intenção de fazer o bem aos outros.
Embora haja muito o que aprender sobre o papel que os animais de estimação desempenham no desenvolvimento social e emocional dos pequenos, sabe-se que crianças sem irmãos mais novos têm maior probabilidade de possuir animais de estimação, sendo que os pais relataram que essas crianças também se envolvem em mais atividades de brincadeiras e cuidados com seus animais de estimação, o que sugere que caçulas ou filhos únicos podem ser os mais beneficiados com o fato de ter animais de estimação em casa.