PET FAMA
“Foi a Cindy quem me adotou”, disse o produtor de moda Vitor Biancchi
O produtor de moda Vitor Biancchi, de 29 anos, São Paulo, tem uma vida supercorrida, mas, quando está em casa, só tem olhos para a pequena Cindy, que ganhou este nome em homenagem à cantora Cindy Lauper. “Há 3 anos, quando adotei a Cindy, não sabia nada sobre gatos”, relembra Vitor, que adotou a gatinha em uma ONG. “Quando vi as fotos dos gatos disponíveis, escolhi uma branquinha. Porém, quando fui buscar o filhote, colocaram a Cindy em meus braços, e quando nos olhamos, foi paixão à primeira vista. Por isso que digo que foi a Cindy quem me adotou. Não o contrário”, conta o gateiro.
Quando começou a pandemia, a gatinha foi a salvação da casa, trazendo alegria. “Como percebi que ela gostava de papelão, fiz uma casa de papelão para ela, com direito até a chaminé”, compartilha Vitor, que mora com seus pais e sua irmã, e Cindy é a xodó de todos. “Ela é um membro da nossa família. Meus pais se apaixonaram por ela. Cindy é muito amorosa, adora colo, mas sempre no tempo dela, pois é temperamental”, diz.
Hoje Vitor é um gateiro experiente e está louco para adotar outra gata. “Sei que Cindy terá ciúmes, vamos ter um processo de adaptação. Mas a irmã já tem até nome: Kira”, finaliza Vitor.
CIÊNCIA
Pesquisadores finalmente descobrem de onde vêm os ronrons
Os felinos são conhecidos por produzir três tipos diferentes de sons – miados, guinchos e ronronados. Embora os mecanismos por trás de seus miados e guinchos sejam conhecidos – eles são gerados em sua laringe – o processo exato por trás dos ronronados permanece desconhecido. Mas um novo estudo, publicado recentemente na revista Current Biology, desvendou como os gatos conseguem emitir os sons característicos de baixa frequência que os humanos consideram reconfortantes. O estudo revelou que uma “almofada” especial embutida nas pregas vocais dos felinos os ajuda a ronronar. Antes desta descoberta, o que se sabia por meio de pesquisas que datam de meio século é que os ronronados são produzidos por um mecanismo especial nas pregas vocais da laringe. Estudos anteriores apontaram que os sons eram emitidos devido ao relaxamento dos músculos dessas pregas vocais, que requerem controle constante do cérebro por meio dos nervos. O novo estudo, liderado por investigadores da Universidade de Viena, contudo, mostra que estas contrações musculares especiais não são necessárias para gerar o ronronar dos gatos.
VOCÊ SABIA?
Gatos ansiosos não se sentem confortados com objetos que tenham o odor de seus donos
Gatos ansiosos não se sentem confortados por objetos que contenham o odor de sua pessoa favorita – e esses “lembretes olfativos” podem até fazê-los ficar mais estressados na ausência do dono. “Ao contrário de bebês humanos, os gatos não aceitam apenas o cheiro como um substituto digno das pessoas com quem se relacionaram. O olfato é um sentido importante para os gatos e está relacionado com o seu comportamento social, mas, no nosso estudo, [os objetos perfumados pelos proprietários] não tiveram um efeito de redução do estresse. O cheiro pode até piorar a situação para alguns gatos”, diz Kristyn Vitale, do Unity College, no estado de Maine.
O estudo de Vitale foi feito com 42 donos, que levaram seus gatos a uma sala de testes desconhecida e os deixaram com algum objeto (um sapato, uma meia, uma camisa de dormir ou um cobertor) que tivesse o odor de seu dono. Primeiro, cada gateiro sentou-se no meio de um círculo de 2 metros de diâmetro no chão, enquanto seu gato podia circular livremente pela sala. Então o dono deixou o gato sozinho. Depois, os gatos experimentaram uma de duas sequências: para alguns, o dono voltou, depois os deixou sozinhos novamente e, finalmente, um objeto perfumado foi deixado no quarto com o gato; para outros, o objeto era apresentado primeiro e, depois, os donos voltavam após o gato ficar sozinho por um período. A maioria dos gatos mostrava sinais de vínculo com os donos, esfregando-se neles quando voltavam para o quarto e miando nervosamente quando estavam ausentes, diz Vitale. Independentemente da sequência que vivenciaram, os gatos geralmente não prestavam atenção ao objeto perfumado e não agiam com mais calma do que quando estavam sozinhos sem o objeto. O estudo apontou que 38% deles miavam mais quando o objeto perfumado estava na sala do que quando estavam sozinhos sem ele. Muitos dos gatos até pareciam menos tranquilizados com a presença de seus donos se tivessem recebido primeiro o objeto perfumado como substituto.
Segundo Vitale, isso pode ocorrer porque os gatos precisam de uma interação social mais geral com seu dono. “Fatores como o calor, o toque e a vocalização também podem ser importantes”, diz ela.
As descobertas sugerem que os proprietários poderiam fazer um favor à maioria dos gatos ao não os deixar com seus odores durante as ausências. Em vez disso, os proprietários podem tentar estar fisicamente presentes com os seus gatos – sempre que for razoável fazê-lo, caso o gato precise experimentar um novo ambiente ou outras situações estressantes.