Os gatos começaram a se espalhar do Egito, sendo levados por mercadores fenícios para todos os países mediterrâneos. Na Grécia, eles já utilizavam as doninhas como controladoras de roedores e o gato não teve o mesmo prestígio que gozava no Egito. Na Roma antiga, teve seu papel de caçador e animal de companhia reconhecido, mas após o imperador Teodósio banir os cultos pagãos, a imagem do gato, que era associada à deusa Diana caçadora, que tinha seus ritos ligados à Lua, passou a não ser bem vista.
Ásia, Europa e os tempos atuais
Na China, o gato é reconhecido desde a dinastia Han, por volta de três mil anos atrás. Ele era tido como um animal de companhia das mulheres. Além disso, era-lhe atribuído o poder de afastar demônios com o brilho de seus olhos. Li-Show, uma divindade campestre, tinha a forma de um gato. No Japão, o gato foi introduzido oficialmente no ano de 999 d.C, oferecido como um presente durante o aniversário do imperador Ichijo. Foi muito bem aceito e as gatas escama-de-tartaruga eram símbolos de sorte e prosperidade.
Uma lei proibia que gatos adultos fossem engaiolados e vendidos. Na Índia, havia a deusa da fecundidade, Sasti, que tinha a forma de uma gata, assim como Bastet, no Egito.
Já na Europa Medieval, o gato era usado por sua característica de caçador no controle de roedores. Mas pelo reaparecimento dos cultos pagãos durante a peste negra, que matou 25 milhões de pessoas, a figura do gato foi novamente deturpada e associada a cultos satânicos. O Papa Inocêncio VII oficializou a matança de gatos como algo normal. Os gatos eram condenados junto com seus donos e queimados vivos nas fogueiras do Santo Oficio. Foi no reinado de Luis XIV, rei de França, que essa monstruosidade teve fim.
Paulatinamente, o gato foi sendo reabilitado, aparecendo em textos literários, pinturas e sendo aceito como um animal doméstico, fazendo parte de lares no mundo todo. Hoje os felinos são os animais de companhia que mais crescem nas casas dos brasileiros e superam, em número, os cães em países como os EUA. Isto acontece por sua facilidade de cuidados, hábitos de higiene, por se adaptar a pequenos espaços, dar maior independência aos seus tutores e obviamente pela sua beleza e afetuosidade.
Além disso, os felinos representam o setor do mercado pet que mais aumenta e oferece possibilidades de negócios aos empresários do segmento.
Hoje já sabemos que gatos são extremamente carinhosos e os antigos preconceitos em relação aos felinos enfim caíram por terra.
Glauco Mello
Médico Veterinário
Esclarece as dúvidas sobre os gatos e é criador especializado da raça Ragdoll – Gatil Muntaz I Mahal
www.tazimahal.com.br