Quem tem um gato sabe o quanto custa sair de férias e deixar o bichano em casa ou em um hotel próprio. Para a saudade não apertar, é possível levá-lo nas viagens, porém é preciso tomar alguns cuidados básicos antes de cair na estrada. Por isso a Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN), em parceria com veterinários e especialistas do segmento pet, dá dicas de cuidado e comportamento para que o tão merecido descanso não se torne um pesadelo.
O primeiro passo é adquirir uma caixa transportadora de gato, pois deixar o animal solto dentro do carro pode acarretar graves acidentes. Não pense que ele achará ruim ser transportado dentro do compartimento, muito pelo contrário, a reclusão será o conforto do seu pet durante a viagem. Mas é preciso ambientá-lo na caixa de transporte, para que ele não estranhe. “Forre um cobertor e, depois, coloque o gato lá dentro por breves períodos, por vários dias. Prolongue o período de reclusão a cada dia, até que seu felino pareça à vontade em repouso e sinta o seu cheiro lá dentro”, afirma a veterinária Ceres Faraco.
Dado o primeiro passo, comece a acostumá-lo com o carro. Não saia de uma hora para outra em viagens longas. Faça trajetos curtos para que o gatinho se habitue aos movimentos e ruídos do veículo. Certifique-se de que a caixa não está inclinada, pois muitos assentos de carro não são retos e, se você posicionar o acessório de maneira errada, o passeio será bastante desconfortável. “Embora seja verdade que os gatos têm incrível equilíbrio e coordenação, eles não gostam de ficar lutando constantemente contra um declive, já que ao mesmo tempo precisam compensar os movimentos do veículo”, comenta a especialista em comportamento animal.
Outro ponto-chave é evitar música alta dentro do veículo, pois os barulhos naturais do carro já são surpreendentes para um gato. Se a viagem é longa o suficiente para exigir pausas para o banheiro, planejar as paradas com antecedência é a melhor opção. Intervalos para usar o banheiro ao ar livre são ótima alternativa, já que o bichano, certamente, vai apreciar a oportunidade de esticar as pernas. No entanto, fique de olho para ele não fugir nesses momentos. Nesse caso, o uso da coleira pode ser uma precaução. Independentemente da duração da viagem, recomenda-se colocar algumas toalhas absorventes na base da caixa transportadora para xixis e cocos acidentais.
Tome cuidado com as áreas de circulação de ar da caixa, não as deixando cobertas. Assim você evita que o transporte fique superaquecido e sufoque o seu bichano. Não dê comida ou água para ele um pouco antes de uma viagem breve, já que bexiga cheia faz com que o seu companheiro se sinta desconfortável. “Leve água da torneira de casa, pois tem um gosto mais familiar para o animal. A viagem causa certa confusão ao gato, portanto, ele pode não querer beber outra água”, finaliza Ceres Faraco.