Você sabia?

Publicado em 06/11/2017

Você sabia que o ronronar é um som exclusivo dos felinos e é também sua maneira de expressar satisfação?

O ronronar é o desejo de comunicação dos gatos, mas o ronro-nar nem sempre significa tranquilidade. O gato também pode ronronar quando está enfermo ou assustado. Durante o cortejo e ato sexual, a fêmea ronrona continuamente.

Nas fêmeas o ronronar é muito importante porque durante seu trabalho de parto, porque é através de ronrones contínuos, poderosos e rítmicos que elas orientam os filhotes que nasceram fracos, cegos, sem muito sentido auditivo ou olfato encontrem o lugar para mamar.

Nestes momentos o ronronar também serve para atenuar estresse da mãe, fazendo com que ela fique mais calma e se concentre no trabalho de parto. 

Após dois dias de nascidos, os gatinhos começam a ronronar enquanto mamam. É desta forma que a mãe recebe a informação de que o fluxo de leite está normal e correto e que tudo caminha bem. Para a gata esta informação é como o sorriso de satisfação de um bebê humano.

Quando os filhotes estão um pouco mais crescidos, a mãe utiliza os ronrones como forma de comunicação com a ninhada, criando, assim, uma estreita relação familiar de grande importância nas primeiras semanas de vida dos filhotes. Nos gatos adultos o ronronar é um importante sinal de submissão de um gato frente a outro dominante, reduzindo assim as possibilidades de brigas, ao transmitir ao outro um sentimento de paz e reconciliação. 

Em contato com humanos, os gatos podem realizar dois tipos de ronronar: o de agradecimento – ao receber algo de seu agrado e o ronronar como um estimulante para obter aquilo que deseja.

Cada gato desenvolve sua forma particular de ronronar. Ela pode variar tanto na intensidade quanto na causa que a produz: alegria, medo, enfermidade etc. 

Há gatos que são “ronronadores” habituais e perenes. Existem os que só sussurram e há ainda aqueles que combinam o ronronar com sussurros, assovios e outros sons que só podem ser detectados acariciando sua garganta.

A maioria dos gatos faz combinações de diferentes estilos de ronronar, tornando-os muitos criativos e variados. Pesquisadores consideram o ronronar como uma descarga emocional para o felino. Todos os que desfrutam de um gato como animal de estimação  podem confirmar os efeitos calmantes e hipnóticos de um gato ronronando no colo.

Por que os gatos enterram suas fezes? 

Esta ação é uma indicação peculiar da extrema limpeza dos gatos, porém não é só isso.

A verdade é que os gatos enterram suas fezes para evitar que o odor se propague. Enterrar as fezes é ato indicativo da subordinação de um gato, em função da sua posição social. Ao examinar o comportamento social dos gatos selvagens, pesquisadores descobriram que os gatos dominantes não enterram suas fezes. Eles defecam em pontos elevados dentro de seu meio ambiente – como um anúncio de sua presença – fazendo com que o odor produza o máximo efeito de propagação. Somente os gatos selvagens mais fracos e os submissos ocultam suas fezes. 

Os gatos domésticos parecem que seguem esta mesma rotina. À medida que se veem dominados por nós ou mesmo por outros gatos da vizinhança. Isto não seria uma surpresa, pois somos fisicamente mais fortes que eles e temos o controle do que seria o mais importante de sua vida: o alimento.

Nosso domínio inicia quando o gato ainda é filhote e continua durante toda sua fase adulta e isto não é posto em dúvida pelo gato, o que leva a crer que o gato doméstico esteja permanentemente “temeroso” de nós e, portanto, assegura-se sempre de enterrar suas fezes. Naturalmente, ao fazê-lo não elimina por completo o odor, porém fica muito reduzido. Assim o gato pode continuar anunciando sua presença através de seus odores, porém sem tanta intensidade que chegue a ser uma  séria  ameaça.

Por que os gatos “vibram” os dentes quando veem um pássaro pela janela?

O gato quando vê um pássaro pela janela, por exemplo, o olha fixamente e começa a “vibrar” os dentes com movimentos contínuos da mandíbula. O que significa isto?

O gato já se imagina dando aquela sua “especial mordida mortal” e também que o infeliz pássaro já está descendo pela sua goela abaixo. Isto é conhecido como “atividade vazia”.

Observando atentamente a forma com que os gatos atacam suas presas notou-se que existe um movimento peculiar das mandíbulas, para que ele consiga matá-las quase que instantaneamente. Isto é algo importante para um felino caçador, pois, ao menor descuido, a mais frágil das presas poderá escapar. Ao saltar sobre ela o gato deverá ter certeza que não sofrerá nenhum
dano como, por exemplo, pelo bico afiado de uma ave ou mesmo pelos dentes de um roedor. Portanto, para ele não há tempo a perder. 

Depois do pulo inicial, a caça fica presa pelas fortes garras dianteiras do gato. A seguir ele trava seus caninos na nuca da presa. Com um rápido movimento da mandíbula finca os caninos no seu pescoço, desliza-os entre as suas vértebras e corta a espinha dorsal. Esta “especial mordida mortal” paralisa imediatamente a presa. 

O “vibrar” dos dentes é uma derivação deste movimento. É a frustração do seu intento, ou seja, é a incapacidade do gato de controlar-se ante a tentadora visão de saborear o suculento pássaro que está fora do seu alcance.

O sono do gato

O sono do gato é intercalado entre estágios muito leves e muitos profundos. De fato, breves cochiladas são comuns aos gatos, mas raras em humanos que gozam de boa saúde. 

Sem dúvida os gatos e os seres humanos possuem padrões diferentes de sono. Uma pessoa só estará fora do padrão convencional de sono se houver passado uma noite em claro, estiver doente ou for muito idosa. 

O ser humano procura dormir, em um único período prolongado, cerca de oito horas. Em comparação com os seres humanos os gatos são superdorminhocos. Em um período de vinte e quatro horas os gatos gastam cerca de dezesseis dormindo, ou seja, o dobro do período humano. 

Significa que um gato de nove anos terá ficado acordado por apenas três anos. 

Este não é o caso da maioria dos outros mamíferos, o que coloca o gato em uma categoria especial: o de um requintado caçador. O gato é tão eficiente na obtenção e na qualidade de seus alimentos, que durante o tempo livre ele se dedica a dormir. 

Outros carnívoros como os cães e os lobos, por exemplo, gastam mais tempo correndo para frente e para trás, buscando e perseguindo suas presas que os felinos. 

O gato, ao contrário, senta, espera, anda um pouco, caça e come e depois dorme como um “gourmet” bem satisfeito. A verdade deve ser dita: ninguém dorme tão rapidamente e bem quanto um gato.

Por que um gato gasta muito tempo se limpando? 

A resposta de início mais óbvia é: ficar limpo, mas este ato é muito mais do que uma simples limpeza. Além de remover poeira e a sujeira, ou mesmo os restos da última refeição, repetidas lambidas ajudam a alisar os pelos, fazendo com eles atuem como uma eficiente camada de isolante térmico. Um pelo eriçado é um isolante muito pobre que poderia expor o gato a grande risco de saúde em tempos frios.

Mas o frio não é o único problema. Gatos esquentam-se facilmente no verão e o umedecimento do pelo ajuda no resfriamento. Os gatos não possuem glândulas sudoríparas por todo o corpo, como nós, por isso não podem suar e usar este método de esfriamento. 

O ato repetitivo de lamber os pelos aumenta em muito a quantidade de saliva e sua evaporação funciona da mesma forma que a evaporação do suor sobre a nossa pele. 

Quanto mais os gatos ficam expostos à luz solar mais eles lambem os pelos. O interessante é que eles gostam de ficar estirados ao sol não só porque querem ficar mais quentes, mas porque a incidência da luz solar em seu pelo fornece vitamina D, essencial para a sua dieta. 

A lambeção também aumenta quando os gatos estão alterados e acredita-se que esta seja uma forma a aliviar o estresse. 

Note que logo após o gato entrar em contato físico com seu dono ele senta-se e quase sempre começa a se limpar. Isso ocorre porque ele precisa manter os seus pelos lisos, retirar o cheiro do humano e fortalecer o seu próprio cheiro. Nossas vidas são dominadas por sensações visuais, mas para o gato odores e aromas são muito mais importantes.

Finalmente, o vigoroso movimento de lambeção, que é tão típico de um gato, desempenha também um outro papel especial: estimular as glândulas da pele na base de cada fio de pelo. As secreções oriundas dessas glândulas são vitais para manter o manto impermeável contra a chuva, por isso, o “grooming” é mais do que apenas uma limpeza.

Portanto, quando um gato lambe o pelo é para se proteger não só da poeira e das doenças, mas também do frio, do sobreaquecimento, da deficiência vitamínica, das tensões sociais e dos odores estranhos. 

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