Leitores da Pulo do Gato compartilham histórias com seus felinos
A convivência com felinos tem aumentado no mundo todo, inclusive no Brasil. Entre 2016 e 2021, a população de gatos presentes nos lares brasileiros aumentou 16%, de acordo com pesquisa da Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). Em 2023,segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a população de gatos no Brasil já ultrapassou os 30 milhões. Diante de tanto apreço pela espécie felina, decidimos perguntar aos nossos leitores como é a convivência com seus gatos, a fim de investigar como anda a relação entre eles.
Neo e Chanel: companheiros adoráveis!
A assinante Maria Inês P. Martin, de Sorocaba, SP, é tutora do Neo (gato que é nossa capa nesta edição), de 11 anos, e da Chanel, de 6 anos. “Tenho desde a edição número 1 da revista Pulo do Gato. Antes comprava nas bancas, depois fiz assinatura e as recebo até hoje”, compartilha a gateira. “Meu apartamento é telado para a proteção dos peludinhos. Como sou aposentada, tenho todo o tempo para conviver com esses dois companheiros inseparáveis. A nossa rotina consiste em colocar água limpa, ração e limpar as caixas de areia todos os dias. Os dois brincam bastante. E têm muitos brinquedos também, se quiserem variar. O Neo tem um coelho de pelúcia que é o seu xodó! Adoram dormir durante a tarde. E à noite se levantam com toda disposição. A visita ao veterinário também faz parte da rotina deles, para dar as vacinas e sempre que necessário. São muito paparicados, assim como os dois Siameses que tive, o Tome o Simba. Um durou 18; e o outro, 17 anos. Eles adoram banho de sol, mas não têm acesso à rua, e com certeza vivem tranquilamente! Neo e Chanel são meus companheiros adoráveis!”, relata a tutora.
Felícia, a gatinha dengosa e carinhosa!
Benilde de Villa, de Urussanga, SC, é tutora da gata Felícia, de 9 anos, e do cachorro Dexter, de 3 anos, que ela carinhosamente chama de Minino. A auxiliar de escritório compartilha que adotou a Felícia por um acaso. “Eu não ia pegar ela. A vi quando fui a uma agropecuária em outra cidade para comprar ração para pássaro livre. E tinha uns bichinhos para doação por lá. Quando vi a gata, não sabia o que fazer. Ela já tinha 2 anos. Cheguei a ligar para a minha irmã para me decidir se pegava ou não e acabei vindo embora com ela. Até esqueci de comprar a ração para os passarinhos”, relembra Benilde, que descreve Felícia como uma gata dengosa e carinhosa. “Levou um tempo para que ela se acostumasse comigo, e hoje, sete anos depois, se demoro para chegar em casa, ela mia, se esfrega, como se estivesse reclamando porque demorei. Ela me faz muito bem, é minha companheira depois que meu filho faleceu há 4 anos. Foi ele quem escolheu o nome dela. Cuido dela como uma mãezona”, relata Benilde.
Apaixonada por gatos desde criança!
Adriana Vieira Baia Machado, de Cariacica, ES, é gerente de farmácia e se auto intitula uma gateira super, mega apaixonada por gatos desde criança. “Ao longo da minha vida, tive vários gatinhos, todos eles resgatados da rua”, aponta Adriana, que teve uma reviravolta quando Fredy entrou em sua vida, pois ele a ensinou a amar e cuidar de gatos de uma forma diferente. “Aprendi com ele que lugar de gato é dentro de casa, cuidado e protegido. Ele foi minha vida e meu tudo, viveu comigo 14 lindos anos até 20 de novembro de 2023, quando virou uma linda estrelinha. Estou vivendo um momento de luto muito difícil, mas, em meio a essa dor, a vida colocou no meu caminho a Princesa, que encontrei no caminho do meu trabalho, toda machucada. Confesso que relutei bastante para adotá-la, pois tinha prometido para mim mesma que não queria mais sentir a dor da perda. Porém, ao vê-la ferida, não resisti, e a levei para casa. Ela está comigo há quatro meses tratando a esporotricose e aguardando liberação para a castração”, relata.
Lar com cinco gatinhos!
Maria Alice Macedo, de São Carlos, SP, possui cinco gatos em casa: as fêmeas Pita (16 anos) e Luli (12 anos) e os machos Fred (11 anos), Magoo (5 anos) e Boninho (2 ou 3 anos), todos adotados da rua, com exceção do Fred, que veio de uma protetora. “Os demais chegaram aqui em casa ou apareceram por perto em mau estado, precisando de cuidados. Boninho foi o último adotado. Chegou praticamente sem vida, sem comer há muitos dias, já entregue pela fraqueza. Tinha lipidose hepática, estava desnutrido, com os rins quase parando, desidratado. Nem sei como sobreviveu, mas agora está forte e quase totalmente recuperado. Dobrou de peso. As duas fêmeas já têm condição de saúde afetada pela idade. Luli tem um sarcoma na boca e está em cuidados paliativos. Pita apresenta uma certa demência. O dia começa com os cuidados de água fresca, limpeza das caixinhas, troca da ração por uma fresquinha e pela administração dos medicamentos de cada um. Depois vão tomar o solzinho sagrado, seja no jardim, seja nas caminhas de janela que eles adoram, de onde ficam ‘vigiando’ os passarinhos. A tarde geralmente é de preguiça e, no final dela, costumam pegar fogo, afinal, são crepusculares. Brincam entre si, com bolinhas de alumínio, bichinhos de cat nip e varinhas. De noite, tem uma disputa sobre quem dorme grudado na gente, e eles costumam revezar para ver televisão, cada um com um ‘humano de estimação’”, compartilha Maria Alice.
Os sete gatos de Livia!
A bancária Livia Spagnul, de São José dos Campos, SP, tem sete gatos em casa: Emília (14 anos), Titico (11 anos), Nina (9 anos), Pink (8 anos), Luci (5 anos), Catarina (4 anos) e Lilith (3 anos). “Eu tinha quatro gatos e meu marido dois quando, em 2017, juntamos os gatos. A mais velha dele, a Nina, odiou ter tantos irmãos e até hoje não se dá bem com os outros, então ela é a que mais sofre, pois os outros gatinhos gostam de correr atrás dela”, conta Livia, que mora em apartamento com seus pets e mantém um Instagram, o @Catarina_cat_family, onde mostra a sua rotina com os gatos e a luta que foi tratar a PIF da Lilith. “Tratar a PIF da Lilith foi um aprendizado. Foram três meses dando injeções todos os dias para salvar avida dela. No começo, ela estava fraquinha, mas, conforme o GS foi fazendo efeito, ela não deixava mais dar a injeção, chorava na hora de tomar, e nós chorando junto. Mas valeu a pena, pois ela está recuperada há um ano, e mais bagunceira do que nunca”, compartilha Livia, que ainda conta uma história de caça da Catarina: “ela sempre ficava na varanda olhando os passarinhos, então um belo dia, ela enfiou o braço para fora da tela e puxou uma rolinha para dentro. Por mais que eu tenha tentado salvar o bichinho, ela só o soltou quando já estava morto. Estava sozinha com ela e deixei o corpinho do passarinho no chão, fechado na varanda até meu marido vir para enterrar. Espero que nunca mais consiga pegar outro passarinho”.
Tina, a tímida!
A gatinha de Maria Helena da Silva Pereira, de Curitiba, chama-se Tina, tem 3 anos e, apesar de ser muito carinhosa, como a legítima felina que é, tudo deve ser feito no tempo dela. “É ela quem vai atrás das nossas pernas se ajeitando e pedindo carinho. Não adianta ir atrás dela que foge. Ela é muito tímida. Nós vemos televisão juntas e ela gosta de subir no encosto da cadeira para ver o movimento da rua. Mas quando chega a noite, depois de todas as luzes apagadas, ela vem para a cama deitar-se perto de mim”, detalha a gateira sobre a convivência com Tina.