Vai viajar? Veja como uma cat sitter pode te ajudar

Publicado em 04/01/2024

Saiba como esses profissionais auxiliam os tutores nos cuidados dos felinos

Foto: Mariia Borovkova/iStock

Os bichanos gostam de ficarem seu lar, com seu cheiro e suas coisas e, dependendo da mudança de ambiente, podem até adoecer. “A cat sitter é um profissional que cuida dos animais na residência deles. Para os gatos, cuja sensação de segurança advém da permanência no seu território, é fundamental mantê-los em casa para o seu bem-estar e, consequentemente, para que tudo corra da melhor maneira enquanto o tutor está ausente”, explica Catherine Ornelas, que oferece o serviço de cat sitter pela sua empresa, a Tia Cath Cuidados para Pets.
O trabalho de cat sitter envolve limpar caixa de areia, trocar água, fazer reposição de comida e oferecer sachê ao animal, além de escovar os pelos e brincar com ele. O profissional também auxilia em tratamentos de saúde, garantindo a administração dos remédios necessários e garante a rotina de brincadeiras e o enriquecimento ambiental – tão importantes para a saúde dos bichanos – quando os tutores não dispõem de tempo.

TRABALHO POR AMOR

Para atuar nessa área, ter amor pelos pets é com certeza um dos mais importantes pré-requisitos. “Sem isso, a interação se torna muito mais difícil. E quem é gateiro sabe que os felinos reconhecem de longe quem os ama”, afirma Dulce Bonilha, que trabalha como cat sitter desde 2017.
O cuidador deve realizar uma entrevista com o tutor para mapear a rotina do animal e as características da sua personalidade. “Na visita anterior ao início dos atendimentos, o tutor tem a oportunidade de mostrar a casa, a localização dos objetos do pet, os locais onde ele pode se esconder, onde e como gosta de brincar e os tipos de interação de que gosta”, revela Cath.
“O sucesso da relação está em ter respeito, paciência, persistência e conhecimento. É importante perceber os sinais sutis do gatinho. Quando ele é mais medroso, nós recomendamos o uso de um feromônio sintético”, afirma Dulce.

PRIMEIRO CONTATO

Uma opção interessante em alguns casos seria o bichano se acostumar com a cat sitter antes de o tutor se ausentar. “Acredito que essa aproximação seja necessária quando o gato tem alguma condição física que exija um manejo diferenciado”, explica Cath. Outra vantagem é que o dono pode se sentir mais seguro se conhecer o profissional antes e souber que o pet dele já teve esse primeiro contato. “Nem sempre o gatinho é receptivo na pré-visita, mas, no decorrer dos dias, eles acabam se convencendo de que estou lá para o bem-estar deles e então se aproximam”, aponta Dulce.
Ao deixar um animal sob os cuidados de uma cat sitter, o tutor deve responder a um questionário para informar o histórico do gatinho em relação a higiene, alimentação, doenças prévias, uso de medicações e antipulgas, vacinação, hábitos, contatos de confiança, comportamento etc.

CONTRAINDICAÇÕES

Caso o animal tenha alguma condição de saúde delicada, que exija cuidado intensivo, talvez a melhor opção seja deixá-lo em uma clínica veterinária que disponibilize internação ou serviço de hotel. Também é preciso ter cautela se o felino for idoso e precisar de medicações contínuas. Nesse caso, o ideal seria um profissional que pudesse permanecer na casa com o pet por longos períodos, o que pode ser mais custoso para o tutor.

CASOS DE EMERGÊNCIA

Se houver alguma eventualidade, a cat sitter deve comunicar a situação ao tutor, e cabe a ele autorizar que o animal seja levado a uma clínica ou a um hospital veterinário. Primeiro, é preciso tentar o suporte veterinário junto à clínica que o responsável tiver declarado como de sua confiança, mas é sempre bom ter alternativas. Nesses casos, a cat sitter deve acompanhar o pet e passar todas as informações aos tutores, bem como colocá-los em contato direto com os veterinários que o atenderam.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Ao contratar uma cat sitter, é necessário que o tutor se certifique de que a profissional oferece esse tipo de cuidado e como ela o faz. “Algumas têm formação em enfermagem veterinária, o que as capacita a administrar medicações orais e injetáveis”, diz Dulce. “As práticas baseadas no manejo amigável aos gatos exigem a construção conjunta de uma estratégia que possibilite a medicação com menor nível de distress (estresse negativo) e medo possível”, reforça Cath. O ideal é entender o comportamento do bichano nessa situação. Em caso de animal arisco, é necessário garantir que a cat sitter consiga ter contato com o felino para esse tipo de manejo e pensar em possíveis locais em que ele possa se esconder, dificultando ou impossibilitando o manejo. Gatos agressivos também exigem uma estratégia específica.

A ESCOLHA DO PROFISSIONAL

“É importante que o tutor esteja atento à formação do profissional, o nível de conhecimento que ele tem sobre o comportamento felino (se participa de eventos, palestras e tem certificações, como a Fear Free Pet ou a Cat Friendly Certificate Program). Quando a cat sitter tem certificações internacionais, é possível acessar a informação pelo próprio site das instituições responsáveis. Uma boa formação e um conhecimento cientificamente embasado em comportamento felino são fundamentais para que o profissional possa fazer a leitura das emoções dos gatos e, a partir disso, criar uma estratégia para estabelecer uma relação de confiança com o animal, garantindo que sua presença seja o menos estressante possível”, afirma Cath.
Além disso, o tutor pode e deve solicitar ao profissional os contatos de outros clientes para pedir referências. Também é muito importante contratar um cuidador que tenha responsabilidade com a qualidade de vida do gatinho e que não aceite fazer visitas intercaladas (dia sim, dia não), porque o animal necessita de cuidados diários.
Ainda, a visita intercalada pode pôr em risco a saúde do bichinho, já que não é possível observar mudanças de comportamento e da rotina do gato, essencial para saber se sua saúde vai bem.
O valor cobrado pelo serviço varia muito, mas gira em torno de R$ 90 a R$ 120 por atendimento.

Agradecemos pela colaboração:

Catherine Ornelas Mãe de quatro gatos; já atuou por três anos como protetora independente; oferece o serviço de cat sitting pela Tia Cath Cuidados para Pets; tem cursos de formação em pet sitting/catsitting, primeiros socorros para pets e comportamento felino; certificação internacional Fear Free for Pets Instagram: @tiacath_dospets

Dulce Bonilha Cat sitter certificada pelo Hotel 4 Patas, idealizadora da Doce Cat Sitter, se forma em medicina veterinária pela Universidade São Judas Tadeu em 2023, pós-graduanda em medicina felina pelo Iep Ranvier e possui certificado FELIWAY- Cat Handling -Instagram: @docecatsitter

Por Lila de Oliveira


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